Os operários que trabalham na reforma do estádio do Maracanã, escolhido como sede da final da Copa de 2014, decidiram, em assembléia na manhã desta sexta-feira, 19, não retornar a obra. Os protestos começaram na quarta-feira, 17, quando um trabalhador sofreu um acidente de trabalho.

Após a decisão da assembléia, o Consórcio Maracanã Rio 2014, responsável pela obra no estádio, , declarou que vai encerrar as conversas com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro e encaminhar a questão para a Justiça do Trabalho.

Os funcionários exigem melhores condições e segurança de trabalho, melhoria do plano de saúde familiar e o aumento da cesta básica de R$ 110 para R$ 300. O Consórcio propôs reajustar para R$ 120.

Na tarde de quarta-feira, o funcionário Carlos Felipe da Silva Pereira foi atirado a dois metros após a explosão de barril que cortava com uma solda. Ele sofreu queimaduras e uma fratura no joelho. Segundo informações da Campanha pelo Trabalho Decente antes e depois da Copa, iniciativa de sindicatos de vários países, “acidentes de tal característica no setor da comprovam a falta de uma cultura de gestão de riscos químicos nas obras do setor da construção”.