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Reaberto após sete meses o parque aquático ao lado do Maracanã

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Rio de Janeiro - O Parque Aquático Júlio de Lamare, no Complexo do Maracanã, reabre suas portas três meses antes do previsto em agosto pela Secretaria Estadual de Esporte e Lazer com apresentação de atletas de saltos ornamentais, do nado sincronizado e de nadadores da seleção brasileira de juniores. Foto: Agência Brasil

Rio de Janeiro – O Parque Aquático Júlio de Lamare, no Complexo do Maracanã, reabre suas portas com apresentação de atletas de saltos ornamentais, do nado sincronizado e de nadadores da seleção brasileira de juniores. Foto: Agência Brasil

Quando o estádio do Maracanã foi concedido para a iniciativa privada, em maio deste ano, estava planejado uma série de demolições de equipamentos públicos em seu entorno para dar espaço para estacionamentos, museus e lojas. Alguns chegaram a fechar as portas. Nesta segunda-feira (4/11) um deles reabriu com festa: o Parque Aquático Julio de Lamare.

O local era sede da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA) e o centro de treinamento das seleções de nado sincronizado e saltos ornamentais. Por sete meses, os atletas e os dirigentes esportivos tiveram que improvisar, treinando em clubes ou outras cidades. A ordem de despejo por parte do governo do Estado estipulava 5 dias para que a confederação e os atletas deixassem o local.

A mudança de opinião do governador Sérgio Cabral sobre a demolição do parque aquático aconteceu dias depois dos grandes protestes que aconteceram pelo Brasil em julho deste ano.

No entanto, na manhã desta segunda, durante as apresentações dos atletas para a comunidade na reabertura do parque aquático, o presidente da CBDA, Coaracy Nunes Filho, agradeceu ao governador Cabral: “Hoje é um grande dia para mim como dirigente. Esta é uma vitória de toda a comunidade e espero que isso se torne permanente, que seja um legado para as gerações futuras. Agradeço muito ao Governador Sérgio Cabral, que reconheceu o erro que seria a demolição de um espaço histórico para o esporte brasileiro e extremamente útil à sociedade como é o Parque Aquático Júlio de Lamare”.

O dirigente também informou que vão iniciar a reconstrução do ginásio de saltos ornamentais, que foram destruídos no período que o de Lamare ficou fechado. Em 2007, o local foi reformado para receber os Jogos Pan-Americanos, ao custo de R$ 10 milhões.

Problemas com a concessionária
Desde que foi anunciado vencedor da concorrência para administrar o estádio, no dia 9 de maio de 2013, o Consórcio Maracanã S.A. passou por muitas mudanças. A primeira foi a saída da empresa de propriedade de Eike Batista, a IMX, do consórcio, agora composto apenas pela Odebrecht e a empresa americana AEG.

A concessionária também teve dificuldades para fechar acordos com os times de futebol do Rio de Janeiro, em especial o Flamengo. Nos primeiros meses de administração, chegou até atrasar o pagamento de contas de água do estádio.

A grande dúvida é como ficará o plano de negócios da empresa. Até o mento a concessionária tem declarado que vai respeitar as mudanças do governo e permanecerá com a concessão. Porém, os equipamentos públicos no entorno do Maracanã seriam demolidos para dar espaço para museus, estacionamento, restaurantes e lojas. Porém, não apenas em relação ao parque aquático Júlio de Lamare que o governador Sérgio Cabral voltou atrás em relação à demolição. Permanecerão no mesmo local o Estádio de Atletismo Célio de Barros e a Escola Municipal Friedenreich. Mesmo o prédio do antigo museu do Índio, palco de confronto entre indígenas e a polícia, será ao final dedicado a cultura dos povos originários do Brasil.

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