O general Fernando Azevedo e Silva é aprovado pelo Senado para presidir a Autoridade Pública Olímpica. Foto: Pedro França/Agência Senado

O plenário do Senado Federal aprovou na tarde desta quarta-feira (16/10) o nome do general Fernando Azevedo e Silva para presidir a Autoridade Pública Olímpica (APO), com 46 votos favoráveis e sete contrários. O general foi indicado pela presidenta Dilma Rousseff e assume a direção do consórcio público após quase três meses da renúncia de Márcio Fortes do cargo.

Na manhã do dia anterior Azevedo e Silva havia sido sabatinado pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado. Durante a sessão, alguns parlamentares questionaram se o general estava preparado para as pressões políticas que envolvem o cargo. O senador Aloysio Nunes (PSDB-SP) lembrou que em agosto, quando o então presidente Márcio Fortes renunciou ao cargo , o prefeito do Rio, Eduardo Paes, disse que a existência da APO não é essencial para a realização das Olimpíadas.

“Se efetivado (pelo plenário do Senado), eu não vou olhar para trás. Quero olhar o tempo escasso que falta. Eu acho que os entes participantes que assinaram um protocolo de intenção, que virou uma lei, preveem direitinho as atribuições de cada um. Se eu for aprovado presidente, a minha missão é integrar esses órgãos. Tenho certeza de que as pessoas públicas e responsáveis pela Olimpíada de 2016 vão olhar como farol o cumprimento da missão e somar esforços”, disse o general, ressaltando que a indicação do nome dele foi técnica.

Azevedo e Silva assume a consórcio público entre os três entres federativos com uma missão: consolidar e divulgar a Matriz de Responsabilidade e o Caderno de Obras para os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. O Tribunal de Contas da União (TCU) definiu que o governo tem até 4 de novembro para publicar os dois documentos.

“Eu ainda não tenho conhecimento completo [das obras], porque nem na sede da APO no Rio de Janeiro eu fui. Pelo que me consta, as obras estão ainda no tempo viável para as Olimpíadas. Há algum atraso, mas flexibilidade suficiente para chegar ao dia 5 de agosto, quando começam as Olimpíadas”, garantiu.

Azevedo admitiu que terá de debruçar na elaboração da matriz de responsabilidade, mas apesar do prazo dado pelo TCU não falou em data. O documento estabelece qual dos entes federativos (União, Estado e município) será responsável por cada uma das obras dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016. Outra prioridade citada por ele é a conclusão de uma cartilha de projetos olímpicos. O material é importante para estabelecer as diretrizes de execução dos projetos e das obras dos equipamentos que compõem o Parque Olímpico.

Com informações da Agência Brasil e Agência Senado