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Atlético Paranaense recusa proposta de empreiteiras e administrará a ampliação da Arena da Baixada sozinho

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Ilustração de como deve ficar a Arena da Baixada após a reforma

Ilustração de como deve ficar a Arena da Baixada após a reforma

Os conselheiros do Clube Atlético Paranaense recusaram a proposta de duas construtoras e vão administrar diretamente a obra na Arena da Baixada. Governo do Estado deve receber o empréstio do BNDES e repassar para o clube.

Em votação, realizada na noite de 25, o conselho do clube recusou as propostas de duas empresas, a Triunfo e OAS, para construir e administrar o Estádio. A proposta vencedora, com 119 dos 182 votos, foi articulada por Mario Celso Petraglia, ex-presidente do Atlético-PR.

Segundo Petraglia avaliou, após a votação, que “não foi uma vitória de ninguém que não seja o Atlético e sua retomada. Os resultados e as receitas (com a adequação da Arena ao caderno de encargos da FIFA) serão exclusivamente do nosso clube”.

A diretoria do Atlético elabora um complicado esquema de financiamento para conseguir os R$ 180 milhões necessários para o financiamento da obra, segundo previsões do clube, para a reforma de um dos 3 estádios particulares que serão utilizados na Copa de 2014.

A prefeitura municipal já autorizou a emissão de R$ 90 milhões de créditos de potencial construtivo para o clube poder comercializar. Títulos de potencial construtivo permitem que a construtoras o direito de construir edifícios mais altos e maiores do que o determinado na região pela Lei de Zoneamento. O clube já fez pedidos para que a prefeitura emitisse mais R$ 45 milhões em títulos para compensar supostas novas exigências da FIFA que teriam encarecido.

Reforço do governo Estadual
Na tarde de ontem, 1/8, Juraci Barbosa Sobrinho, diretor-presidente Agência de Fomento do Paraná (AFPR), esteve na sede do Tribunal de Conta do Estado (TCE) para explicar o modelo que o Atlético e o governo querem utilizar para garantir acesso ao financiamento do Programa BNDES de Arenas para a Copa do Mundo de 2014, que não repassa recursos diretamente para Clubes de Futebol.

O governo estadual, por meio do Fundo de Desenvolvimento Estadual (FDE), tomaria o empréstimo junto ao BNDES, que seria repassado a uma Sociedade de Propósito Específica (SPE), criada pelo clube especificamente para gerir as obras no estádio. A SPE ofereceria como garantir do financiamento justamente os Títulos de Potencial Construtivo emitidos pela prefeitura de Curitiba.

Pelas regras do BNDES, o Atlético Paranaense poderia receber até 75% do valor da obra no programa de financiamento subsidiado do banco. Caso o valor da reforma fique próximo de R$ 180 milhões, o banco emprestará até R$ 135 milhões.

Promotores do Ministério Público Estadual já estão estudando o caso para eventuais providências jurídicas.

Relações reatadas
Curitiba tem pretensões de receber jogos da Copa das Confederações de 2013, que também será realizada no Brasil. Para poder sediar esse evento, o estádio precisa estar pronto até antes de dezembro de 2012. O pouco prazo fez com que o governo estadual fosse rápido em aceitar a proposta do Clube Atlético Paranaense administrar a construção do estádio. O governo, segundo várias declarações à impressa, preferia que a OAS construtora gerenciasse a reforma.

Além disso, o governador Beto Richa (PSDB) não mantém boas relações com Mario Celso Petraglia. O ex-presidente do clube colaborou na campanha do principal adversário de Richa na última eleição Osmar Dias (PDT).

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