Operário trabalham na reforma do Mineirão. Foto: Sylvio Coutinho/Divulgação

Foi anunciado nesta terça-feira, 30, a liberação do financiamento de R$ 400 milhões para reforma do Mineirão pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Os recursos serão repassados para a empresa Minas Arena Gestão de Instalações Esportivas S.A., uma Sociedade de Propósito Específico (SPE) formada pelas empresas de engenharia Construcap, Egesa e HAP.

A Minas Arena será a responsável pela reforma e a operação do estádio Governador Magalhães Pinto, o Mineirão, por um período de 27 anos por meio de um contrato de Parceria Público-Privada (PPP) com o governo do estado de Minas Gerais, proprietário do equipamento.

O empréstimo será feito pelo programa BNDES ProCopa Arenas, que já liberou financiamento para outros seis estádios – Arena Pernambuco (PE), Arena Amazonas (AM), Estádio do Maracanã (RJ), Arena Pantanal (MT), Arena Fonte Nova (BA), Estádio Castelão (CE). Além desses, três obras esperam a liberação dos recursos do BNDES – Arena das Dunas (RN), Estádio Nacional (DF) e Estádio de Itaquera (SP), o único estádio de propriedade privada que receberá recursos do BNDES. As reformas do Estádio do Beira Rio, em Porto Alegre (RS) e da Arena da Baixada, em Curitiba (PR), não pediram financiamento do banco de fomento. O prazo para a aprovação do empréstimo é em dezembro de 2011.

O projeto da reforma do Mineirão
A reforma do Mineirão foi planejada em três etapas. A primeira fase, realizada durante o primeiro semestre de 2010, foram feitos reparos estruturais das vigas de sustentação do estádio, com R$ 8,2 milhões investidos pelo governo de Minas. No segundo semestre de 2010, foi realizada a segunda etapa (demolição de parte da arquibancada e rebaixamento do gramado) com recursos também do governo de Minas no valor de R$ 3,5 milhões.

Somente a terceira etapa é realizada pela PPP do governo mineiro e a Minas Arena. As obras incluem a finalização da reforma do estádio e o “Complexo do Mineirão”, composto pela esplanada em seu entorno, o estacionamento e a passarela de ligação ao ginásio poliesportivo conhecido como Mineirinho. Essa fase está orçada em R$ 654 milhões.

Ao contrário do que aconteceu na reforma do Maracanã e a demolição de sua marquise, o projeto do Mineirão manteve a fachada externa e não tem gerado polêmicas nessas área. Por se tratar de uma construção tombada, reforma teve de passar para aprovação do Instituto do Patrimônio Histórico e Arquitetônico Nacional (IPHAN) entre outros órgãos de preservação de patrimônio.