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Começa a reforma da Arena da Baixada, mas orçamento continua indefinido

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As obras do estádio Joaquim Américo, mais conhecido como Arena da Baixada, tiveram início nesta terça-feira (4/10) em Curitiba. O orçamento da reforma e a origem dos recursos continuam indefinidos. Os conselheiros do Clube Atlético Paranaense (CAP), proprietário do estádio, decidiram iniciar as obras mesmo sem ter resolvido todas as questões burocráticas envolvendo o financiamento.

A reforma da Arena da Baixa, o último dos estádios que devem receber jogos da Copa do Mundo de 2014 a iniciar as obras, está orçada em R$ 180 milhões. O sistema de financiamento é complexo envolvendo um convênio entre o clube, a prefeitura e o governo estadual, além de recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Apesar do atraso de mais de 10 meses no cronograma, segundo declarações de CAP, a Arena da Baixada já conta com 45% dos trabalhos necessários concluídos. De construção recente, foi inaugurado em 1999, o estádio já seguia parte das exigências do padrão FIFA para arenas esportivas.

Originalmente a adequação da Arena custaria R$ 135 milhões, sendo que R$ 45 milhões seriam investimentos diretos do CAP. Os outros R$ 90 milhões viriam da venda de título de potencial construtivo emitidos pela prefeitura. Esses títulos permitem que empreiteiras construam prédios a cima da altura máxima permitida pelo zoneamento urbano. Os títulos serão comercializados pelo clube.

Com novas exigências da FIFA para os estádios da Copa, o valor da obra foi reajustado criando um rombo de R$ 45 milhões. O BNDES surgiu como uma das fontes possíveis. O governo estadual, por meio do Fundo de Desenvolvimento Estadual (FDE), tomaria o empréstimo junto ao banco de fomento, que não pode repassar recursos diretamente para clubes de futebol. O governo repassaria o recurso para a Sociedade de Propósito Específica (SPE), criada pelo clube especificamente para gerir as obras no estádio, a CAP S/A. Já a SPE ofereceria ao governo estadual os títulos de potencial construtivo emitidos pela prefeitura.

Pelas regras do plano de financiamento de arenas para a Copa 2014 do BNDES, o Atlético Paranaense poderia receber até 75% do valor total da obra. Caso o valor da reforma continue próximo de R$ 180 milhões, o banco poderia emprestar até R$ 135 milhões. Mario Celso Petraglia, ex-presidente do CAP e presidente da Comissão da Copa 2014 do clube, declarou na cerimônia de início das obras que só pretende pedir R$ 45 milhões ao banco.

Petraglia também informou que o clube já gastou R$ 17 milhões em adequações do estádio antes mesmo do início da reforma. Além disso, disse que espera conseguir R$ 123 milhões com a negociação dos títulos de potencial construtivo.

 

Divergências internas
Porém o presidente da do clube, Mario Malucelli, parece não acreditar que o valor da obra permaneça nesse nível. Em entrevista ao site Paraná Online ele declarou: “Não acredito que consigamos fazer só por R$ 180 milhões”. Essa declaração é também motivada por divergências com Petraglia. O presidente atual do CAP era favorável a ceder a administração da obra para a OAS. No entanto, os conselheiros do clube preferiam criar a comissão que administra diretamente a reforma presidida por Petraglia.

Ações governamentais

Durante a cerimônia desta terça-feira, também estiveram presentes o governador do Paraná, Beto Richa, e o prefeito de Curitiba, Luciano Ducci. Os dois anunciaram os projetos para legado, especialmente na mobilidade urbana, para a cidade.

A prefeitura espera investir aproximadamente R$ 380 milhões distribuídos em 15 grandes obras em várias regiões, seguindo um cronograma planejado para não causar transtornos à população. A prefeitura ficou responsável pelas obras de adequação do entorno do estádio para receber toda a infraestrutura dos jogos da Copa do Mundo, as chamadas Fan Fest. O valor estimado para esse investimento é de R$ 20 milhões.

O governo municipal também reservou R$ 14 milhões para remoções somente na área próxima da Arena da Baixada. Ao todo 11 imóveis particulares receberão indenizações da prefeitura. Os moradores até agora só tiveram uma reunião preliminar com o prefeitura.

Já o governo do Paraná fará cinco intervenções de mobilidade urbana na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) para a Copa, que estão em fase de elaboração dos projetos e devem iniciar no primeiro trimestre de 2012. O investimento total é de R$ 241,6 milhões com recursos federais e estaduais.

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