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Comitê Organizador garante que obras para Olimpíadas serão entregues no prazo

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O Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos garantiu, nesta quarta-feira (12/11) na Câmara dos Deputados, que as obras previstas para a realização dos Jogos Olímpicos 2016 serão entregues dentro do prazo.

Durante audiência pública na Comissão do Esporte, representantes de comitê prestaram contas sobre o andamento de obras e a aplicação de recursos financeiros. Eles ainda informaram que os R$ 7 bilhões previstos em investimentos estão dentro do cronograma financeiro do evento que será realizado na cidade do Rio de Janeiro.

Promessas de investimentos
Segundo o vice-diretor geral do Comitê Organizador dos Jogos Olímpicos, Leonardo Gryner, Copacabana, por exemplo, foi o local escolhido para promoções internacionais e eventos públicos.

Na Barra da Tijuca, está sendo construído o primeiro campo público de golfe, além do parque olímpico da região, que abrigará o primeiro centro olímpico para treinamento da América Latina.

Em Deodoro, as instalações usadas nos Jogos Mundiais Militares serão aproveitadas para a construção de um parque olímpico e do Centro Olímpico de Hipismo, além de um centro aquático.

O autor do requerimento para o debate, deputado Marcelo Matos (PDT-RJ), disse que “ainda falta muita coisa que deve ser explicada”, principalmente, os pontos relacionados aos investimentos públicos feitos pelo governo federal. “A preocupação da comissão é geral, como o acompanhamento das obras, dos recursos que estão sendo investidos nas obras do parque olímpico e de toda a estrutura de mobilidade urbana do Rio de Janeiro”, completou.

Fiscalização do TCU
Durante a audiência pública, o deputado Marcelo Matos também disse que os auditores do Tribunal de Contas da União (TCU) estão com dificuldades em obter os relatórios sobre o fluxo de dinheiro, além do cronograma das obras.

Mesmo com investimentos do setor privado, segundo Marcelo Matos, o TCU tem por obrigação fiscalizar o andamento das obras, já que “se o cronograma não for cumprido sua execução ficará a cargo do poder público.”

Entretanto, Leonardo Gryner disse que não há atrasos e que todas as perguntas feitas pelo tribunal já foram respondidas. “Já respondemos o TCU. Eles enviaram um ofício e nós fornecemos nossa projeção de receita. Mas, é claro, que parte dessa receita é de bilheteria. Inclusive, recebemos a visita, no Rio, de alguns técnicos do TCU, que, além de visitarem obras, fiscalizaram alguns de nossos documentos”.

Questionamento ao investimento privado
O deputado Romário (PSB-RJ), que presidiu a audiência nas primeiras horas, fez uma série de questionamentos ao representante da Autoridade Pública Olímpica, Marcelo Pedroso, entre elas o quanto de investimento público foi alocado para as Parcerias Público-Privadas (PPP); e se, de fato, há atrasos nos repasses federais registrados no Sistema Integrado de Administração Financeira (Siaf).

Marcelo Pedroso afirmou que não tinha conhecimento do total exato de investimentos no evento, mas que no site oficial o cronograma físico-financeiro é atualizado constantemente e que todas as informações estão detalhadas na matriz de responsabilidades. “Além dos investimentos privados, nós temos o orçamento daquilo que é público. E o que é exclusivo para a realização dos jogos está consubstanciado na matriz de responsabilidades. E nós temos aquilo que é a antecipação de políticas públicas, que são os investimentos necessários na infraestrutura da cidade para torná-la mais adequada para receber os jogos.”

Atuação do Legislativo
Ao ser questionado sobre a perspectiva do cronograma apresentado pelos palestrantes, Romário ironizou dizendo que em apresentações “no powerpoint tudo é ótimo, perfeito e maravilhoso”.

O deputado acrescentou que, assim como em outros eventos, sempre há uma projeção de que tudo está indo bem. “Se o que está acontecendo é exatamente isso, ou melhor, se 80% dessa apresentação for verdade, teremos uma bela olimpíada. Com minha equipe, iremos nos aprofundar para saber se realmente o que foi apresentado está realmente acontecendo na prática.”

Para Romário, a comissão está desempenhando satisfatoriamente suas obrigações, e endossou a opinião do deputado Marcelo Matos (PDT-RJ), autor do requerimento para o debate, quanto o papel fiscalizador do Legislativo. “A gente tem que fazer o nosso papel: fiscalizar e cobrar. Em relação a isso, pode ter certeza que eu estou preparado.”

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