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Controle de doenças na Copa e Jogos Olímpicos

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O governo brasileiro estuda estratégias para evitar a disseminação de novos patógenos ou de doenças já erradicadas no Brasil e a exposição de estrangeiros enfermidades durante a Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016.

Essas estratégias foram consolidadas no Plano Nacional de Evento de Massa pelo Ministério da Saúde, por meio da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), em conjunto com a Câmera Temática de Saúde da Copa 2014.

O sanitarista Eduardo Marques Macário, representante da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS) explicou os principais elementos dessa plano durante a conferência “Rio: o desafio do controle de doenças durante a Copa e as Olimpíadas”, realizada no 18º Congresso Internacional de Medicina Tropical, promovido pela Sociedade Brasileira de Medicina Tropical no Rio de Janeiro, no fim de setembro.

“Esses eventos de massa causarão um aumento temporário na população, o que poderá implicar uma mudança no nosso perfil epidemiológico”, explicou Macário. “Nossas preocupações estão voltadas à exposição de visitantes de outros países suscetíveis a agentes autóctones, como o vírus da dengue e da malária, e ao risco de disseminação de novos agentes ou daqueles eliminados no Brasil, como o sarampo”, disse. Para Macário, o governo também está alerta para surtos de infecções alimentares e eventos relacionados ao uso de álcool e outras drogas, como acidentes de transito e brigas.

De acordo com Macário, espera-se que não se repita o que ocorreu em 2009, com a pandemia da influenza H1N1. “Vivemos em um mundo globalizado e não trabalhamos mais com o conceito de quem trouxe ou quem levou tal doença para determinado país. Não é necessário reinventar a roda. Os padrões já existem, a Organização Mundial de Saúde já elaborou o regulamento sanitário internacional”, disse.

“Baseado nos históricos do evento, temos que identificar os fatores do monitoramento de doenças e continuar a realizar esse trabalho. O Carnaval é um evento de massa e os serviços já estão preparados para ele”, exemplificou o sanitarista.

Eventos Pilotos
Para simular ações de promoção e prevenção de saúde em grandes eventos, as organizações governamentais brasileiras tem realizado uma série de eventos pilotos nas cidades-sede. O primeiro foi justamente durante o Carnaval de 2012, no Bloco do Galo da Madrugada em Recife. No último mês de setembro foi a vez do Rio Grande do Sul participar de uma ação piloto, durante a 35ª Expointer 2012, feira agropecuária que recebe anualmente mais de 400 mil visitante.

Os eventos pilotos servem para testar a capacidade operacional das vigilâncias sanitárias, principalmente com respostas rápidas, durante grandes eventos. O objetivo é garantir condições sanitárias nas áreas de realização do evento, bem como organizar um sistema de vigilância em saúde local capaz de detectar e minimizar o risco de ocorrências de doenças transmissíveis e agravos de interesse à saúde. Rio de Janeiro e Manaus, já foram contemplados em eventos pilotos anteriores.

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