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Executivo suspeito de chefiar venda ilegal de ingressos se entrega à Justiça

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ingressosCopaO CEO da empresa Match, Raymond Whelan, se apresentou na tarde desta segunda-feira (14) ao Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. O executivo era considerado foragido da Justiça e será levado para a Polícia Interestadual e de Capturas (Polinter).

O britânico é acusado de participar de um esquema de venda ilegal de ingressos da Copa do Mundo e estava foragido desde o dia 10. A Match Hospitality tem direitos exclusivos para a venda de pacotes de hospitalidade da Copa de 2014 (que inclui além de ingressos, serviços como acesso a áreas exclusivas dos estádios, buffet e estacionamento).

Entenda o caso
No dia 1º, a Polícia Civil do Rio de Janeiro realizou 11 prisões, inclusive duas em São Paulo, de pessoas supostamente envolvidas com a venda ilegal de ingressos para a Copa de 2014 e lavagem de dinheiro. Na ocasião foram apreendidos tíquetes fornecidos como cortesia a patrocinadores, a organizações não governamentais e também destinados à comissão técnica da Seleção Brasileira. A investigação durou pouco mais de um mês e incluiu uma série de escutas telefônicas.

Em entrevista à imprensa, o delegado responsável pelas investigações, Fábio Barucke informou que um dos presos nessa primeira ação estava negociando a delação premiada em troca de informações importantes.

Barucke calculava que a quadrilha chegava a faturar R$ 2 milhões por jogo. “Os preços variavam de acordo com a procura, como uma bolsa de valores. Houve ingressos para a final que custaram R$10 mil no início e R$ 15 mil depois. Eles disseram que se o Brasil fosse para a final cobrariam R$35 mil”, contou o delegado.

As escutas evidenciaram que a fiscalização no Brasil surpreendeu os cambistas. “As apreensões de ingressos feitas durante a Copa causaram medo na quadrilha, e eles repetiram que só na Copa do Brasil que isto estava acontecendo, que nunca haviam passado por repressão tão grande”, disse Barucke.

Barucke disse ainda que as investigações apontam que o esquema atuou nas últimas 4 Copas do Mundo.

Primeira prisão
No dia 7, a Polícia Civil prendeu pela primeira vez o CEO da Match, Raymond Whelan, dentro do Hotel Copacabana Palace, onde estava hospedada parte dos dirigentes da FIFA.

Após um ter um pedido de Habeas Corpus concedido pela justiça fluminense, Whelan saiu da cadeia no dia seguinte.

No último dia 10, a Justiça do Rio acatou o pedido de denúncia do Ministério Público do Rio de Janeiro e decretou a prisão de 11 acusados no esquema de venda ilegal de ingressos, entre eles Whelan. Os acusados vão responder por organização criminosa, cambismo, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e sonegação fiscal.

A polícia fez buscas no Copacabana Palace, para prender Whelan, que não foi encontrado e passou a ser considerado foragido até se entregar nesta segunda-feira.

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