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Financiamento privado de campanha e dificuldade no processo de punição legal estão na raiz da corrupção para CGU

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Jorge Hage, Ministro-Chefe da Controladoria-Geral da União, declarou que financiamento privado de campanha é uma das raízes da corrupção. Foto: José Cruz/ABr

Para o ministro-chefe da Controladoria-Geral da União (CGU), Jorge Hage as causas mais profundas da corrupção têm raízes em questões “como o financiamento privado de campanhas e de partidos, o sistema eleitoral, os meandros da elaboração do orçamento público e, sobretudo, a urgente necessidade de reforma das leis processuais penais, que são, hoje, a principal garantia de impunidade”.

A declaração foi feita durante a abertura do evento comemorativo do Dia Internacional contra a Corrupção, celebrado no dia 9 de dezembro, quando o ministro voltou a defender a aprovação da chamada Emenda dos Recursos, que tramita no Congresso e que, segundo ele, “permitiria a prisão dos corruptos após o julgamento por um Tribunal, acabando com a terrível sensação de impunidade que vivemos em nosso país, e que é, sem sombra de dúvida, o principal alimento da corrupção”. Leia aqui a íntegra do pronunciamento do Ministro.

Presente ao evento, o advogado-geral da União, Luiz Inácio Adams usou números para mostrar o avanço no combate à corrupção e revelou que a AGU ampliou, nos últimos anos, o índice de recuperação de recursos desviados de 1% para 15%. “E nossa próxima meta é chegar a 25% até 2016”, anunciou.

Premio UNODC
Durante o evento organizado pela CGU também foi entregue o Prêmio do Escritório das Organizações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) para o Juiz Federal Odilon de Oliveira. Essa foi a terceira edição do premiação que visa ampliar a mobilização contra a corrupção.

Nascido em 26 de fevereiro de 1949, na Serra do Araripe, em Pernambuco, Odilon de Oliveira é juiz titular da única vara especializada no processamento de crimes financeiros e de lavagem de dinheiro de Mato Grosso do Sul. Conhecido por atuar no combate ao crime organizado na região de fronteira com o Paraguai, na cidade de Ponta Porã, Mato Grosso do Sul, o juiz federal Odilon de Oliveira foi responsável pela prisão de mais de cem líderes do tráfico de drogas no país.

Como consequência de sua luta contra o crime organizado, foi diversas vezes ameaçado de morte. As ameaças o levaram a viver sob escolta policial, afastou-se da família e chegou a praticamente perder a liberdade de ir e vir.

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