Maquete do Estádio Castelão é submetida a teste em tunel de vento

A grama especial, comprada por R$ 500 mil para o estádio do Castelão em Fortaleza-CE, tinha desaparecido do canteiro de obras. Na última semana descobriu-se o seu paradeiro: será usada pela Procuradoria do Estado nos jardins de prédios públicos e pela Polícia Militar cearense no campo de recreação dos soldados.

O novo gramado foi comprado em dezembro de 2009. O tipo da planta, conhecido como “tifton”, é descrito como de alta maciez e, segundo as autoridades na época de sua aquisição, requer manutenção apenas a cada 10 anos.

Com a reforma do Castelão para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014, partes do patrimônio começou a ser doado para outros equipamentos esportivos. Foi o caso dos placares eletrônicos que foram para estádios em Sobral(CE) e Juazeiro (BA).

A denúncia de sumiço da grama foi feita pelo jornal O Povo no dia 20 de julho, e hoje, 27, a informação começou a circular em grandes portais de informação nacionais.

Justificativa do governo
Após o início das investigações por parte do jornal cearense, a Secretaria de Esportes do Ceará (Sesporte) declarou que não tinha conseguido doar a grama para nenhum estádio. “O município de Sobral chegou a se interessar, mas quando soube que a operação logística para levar a grama de Fortaleza até a cidade, distantes 240 quilômetros, custaria cerca de R$ 80 mil, desistiu”, contou Gony Arruda, secretário de Esportes do Ceará em entrevista para o portal UOL.

A obra no estádio do Castelão está orçada em R$ 632 milhões, sendo R$ 400 milhões são financiados pelo Banco de Desenvolvimento Social e Econômico e o restante pelo governo estadual, segundo informações na Matriz de Responsabilidades para Copa assinada por autoridades públicas. A obras está sendo realizada por meio de uma Parceria Público-Privada (PPP).