O Ministério do Trabalho decidiu encerar a interdição nas obras de montagem das arquibancadas temporárias no estádio do Itaquerão, após vistoria no local do estádio na última segunda-feira (7/4).
As obras estavam paralisadas desde o dia 29 de março, quando o operário Fabio Hamilton da Cruz sofreu uma queda enquanto montava as arquibancadas temporárias. Cruz faleceu após dar entrada em hospital da região.
Nesta terça-feira (8), foram retomadas as obras de montagem da arquibancada na “ala sul”, onde trabalhava Cruz. O outra lado, “norte”, ainda espera a instalação de redes de segurança para evitar quedas dos operários.
O Itaquerão será o palco da abertura da Copa de 2014. O prazo para a conclusão das obras vem sendo adiado constantemente. A última previsão do término era dia 15 de abril. Já foi marcado para o dia 17 de maio, o primeiro jogo teste no Itaquerão, entre Corinthians e Figueirense, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro.
O estádio foi construído com capacidade para 44.507, mas para receber a abertura da Copa 2014 a capacidade precisa ser de no mínimo 60 mil pessoas. As arquibancadas temporárias estão sendo construídas para garantir cerca de 20 mil assentos adicionais.
Família processa construtoras
O inquérito para averiguar a responsabilidade sobre o acidente com Crua ainda não foi concluído. O advogado das empresas responsáveis pela instalação das arquibancadas temporárias chegou a declarar que o operário seria o responsável pelo acidente, por não estar com os equipamentos de segurança.
A família de Cruz resolveu entrar na justiça contra a Odebrecht, empresa responsável pela construção do estádio, e a Fast Engenharia, que cuida da instalação das arquibancadas temporária. O pedido à justiça é uma indenização de R$ 1 milhão e uma pensão vitalícia de R$ 425 para a mãe do operário.
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