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Platini oficializa a sua candidatura à presidência da FIFA

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Príncipe jordaniano, bilionário sul-coreano e o brasileiro Zico são os possíveis adversários do ex-jogador francês nas eleições de fevereiro. Platini é franco favorito.

Michel Platini, ex-jogador da seleção francesa e presidente da União das Federações Europeias de Futebol (Uefa), anunciou na última quarta-feira (29/7), sua decisão de concorrer à presidência da Fifa em fevereiro. A oficialização aconteceu com um comunicado publicado no site da entidade que ele dirige e em cartas enviadas aos presidentes das 209 federações filiadas à Fifa. Tudo indica que Platini será o sucessor de Joseph Blatter.

Além de contar com o apoio da maioria dos países europeus, Platini já recebeu apoio de representantes da Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol), da Confederação de Futebol da América do Norte, Central e Caribe (Concacaf) e da Confederação Asiática de Futebol (AFC). Os aliados de Platini estimam que ele terá entre 115 e 120 votos dos 209 conselheiros da entidade.

A imprensa francesa mostrou-se empolgada com a candidatura, mas com apreensão. O Libération, jornal diário identificado com a esquerda francesa, estampou em sua capa de quinta-feira (30/7) uma foto de Platini nos áureos tempos, vestindo a camisa da seleção do país, acompanhada da manchete “O gol de ouro”. Contudo, em seu editorial o jornal é um pouco mais cauteloso. “A nostalgia é uma má conselheira”, diz o texto, explicando que, embora amado pelos franceses pelas ótimas memórias de suas atuações nos anos 1970 e 1980, Platini tem ainda alguns “esqueletos no armário” enquanto dirigente. Entre os problemas na atuação de Platini à frente da Uefa, o jornal listou dois exemplos: o uso de grandes somas de isenções de impostos para a organização da Euro2016, que ocorrerá na França, e a influência de Platini na decisão de realizar a Copa do Mundo no Qatar, cercada de denúncias sobre compra de votos.

Entrega e dedicação
Na carta em que anuncia sua candidatura, Platini pontua sua intenção de “entrega e dedicação” totais à causa da modalidade. “Trata-se de uma decisão muito pessoal, muito pensada, em que se mesclam considerações sobre o futuro do futebol e outras que têm a ver com a minha carreira pessoal. É também resultado das expressões de estima, de apoio e ânimo que muitos de vocês me passaram”, escreveu ele no comunicado.

O objetivo de Platini seria “reformar a entidade”. Num trecho do discurso, ele afirma: “Quero trazer de volta a dignidade para a Fifa e recolocá-la onde ela merece”.

Platini também fez uma crítica suave à perpetuação de dirigentes esportivos nos cargos: “Durante quase meio século, a Fifa não conheceu mais do que dois presidentes. Essa estabilidade extrema contém uma espécie de paradoxo num mundo sujeito a trocas radicais e num esporte que experimentou uma transformação econômica considerável. Os acontecimentos recentes exigem, porém, que a entidade máxima que rege o futebol mundial reforme e repense sua governabilidade”

Adversários
Caso se confirme o apoio da AFC à candidatura de Platini, isso significará que Al-Khalifa, presidente da entidade asiática, está fora da disputa. Com isso, restaram outros três possíveis candidatos. Um deles é o príncipe jordaniano Ali Bin Al-Hussein, que disputou a eleição contra Blatter em maio.

Outro candidato é Zico, o ex-jogador da seleção brasileira. Nesta quinta-feira ele conseguiu o compromisso de Marco Polo Del Nero, presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), de assinar a carta de apoio à sua candidatura, caso ele consiga outros quatro apoios. Para disputar a eleição para a presidência da Fifa é necessário entregar uma carta com o apoio de pelo menos cinco federações nacionais.

O último candidato é o sul-coreano Chung Mong-joon, ex-vice presidente da Fifa e maior acionista da fabricante de carros Hyundai. Em entrevistas à imprensa, ele faz pesadas críticas ao candidato francês: “Será muito difícil para Platini fazer qualquer reforma significativa. Ele conta com apoio institucional da estrutura atual da Fifa. É um produto do sistema atual”, declarou. “A Fifa se tornou uma organização fechada do presidente Blatter, de seus associados e de seus comparsas e eu quero mudar isso”, completou.

 

 

 

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