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Por Copa 2014, confederação de esportes aquáticos perde local de treino

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Parque Aquático Julio Delmare foi fechado por conta da reforma do Maracanã.

Parque Aquático Julio Delmare foi fechado por conta da reforma do Maracanã.

As equipes de salto ornamental e nado sincronizado brasileiras perderam seus locais de treinamento nesta segunda-feira (1º/4) por conta da reforma do Estádio do Maracanã para a Copa das Confederações de 2013.

Nesta última etapa da obra no Estádio Jornalista Mário Filho os equipamentos vizinhos, o Parque Aquático Julio Delamare e o Estádio de Atletismo Célio Barros, tiveram que ser desativados. Com isso os atletas, alguns com chances de competir nos Jogos Olímpicos do Rio 2016, ficaram sem local para treinar.

O Julio Delamare além de ser um espaço de treinamento era a sede da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos (CBDA). O presidente da confederação,disse que foi pego de surpresa com o prazo dado pelo governo do estado, sendo informado da desocupação nos últimos dias. Coaracy Nunes Filho declarou que a decisão não foi negociada e pediu que o prazo fosse prorrogado pelo menos até o final do mês. “Não tenho nenhuma condição de sair daqui até segunda-feira”, ressaltou.

Segundo a assessoria da entidade a notificação oficial para a desocupação das instalações chegou no dia 27 de março, um dia antes do feriado da Semana Santa, cinco dias antes do prazo final para retirar os equipamentos.

A CBDA estima deixar para trás cerca de R$ 100 mil em equipamentos, como raias e trampolins. Todo o material foi comprado pela confederação e fica com a Secretaria Estadual de Esporte e Lazer, conforme acordo para a utilização do Julio Delamare. Reformado por R$ 10 milhões em 2007, a instalação tem piscina olímpica, aquecida e um tanque de salto.

A mudança da CBDA também motivou a ampliação do prazo de inscrição para um dos principais torneis brasileiros de natação, o Troféu Maria Lenk, que funciona como etapa de seleção para o Mundial dos Esportes Aquáticos.

Atleta olímpico em Londres, Pequim e Atenas, o saltador César Castro, que usa o parque aquático, diz que a situação é “obscura” e cobra informações. Ele está preocupado com a distância do centro do Rio para os pontos sugeridos e questiona o apoio ao esporte no país. Castro lembra que corredores do Estádio de Atletismo Célio de Barros também ficaram sem local de treino.

“A gente, que pretende participar da Olimpíada no Rio, em 2016, se vê tendo que sair do local de treinamento, como aconteceu com outros atletas [do Estádio de Atletismo Célio de Barros, que também foi fechado para obras da Copa], não só do salto e do nado, quando imaginávamos que seria feito o melhor possível para o treinamento dos atletas brasileiros”, disse.

O prazo, no entato, não será estendido porque está no contrato com a Federação Internacional de Futebol (Fifa), informou o governo. As pessoas que usam as instalações: alunos de natação, idosos e pessoas com deficiência, do Programa Esporte e Qualidade de Vida, serão transferidos para o America Football Club .

Os atletas de base e de alto rendimento que treinam no parque aquático, cerca de 150 pessoas, a confederação estuda levá-los ou para o Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes ou para o complexo aquático do Fluminense. O Parque Aquático Maria Lenk, na Barra da Tijuca, foi descartado porque vai entrar em obras.

A demolição do Célio de Barros também está prevista no projeto de reforma do Maracanã. Os atletas que treinavam lá foram transferidos para o Estádio Olímpico João Havelange, o Engenhão. Apesar da interdição das arquibancadas por problemas com o teto, a pista anexa, utilizada para os treinos de atletismo está liberada para uso.

Com informações a Agência Brasil

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