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Prefeitura carioca muda direção de órgão de coordenação das obras para Rio 2016

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A Prefeitura do Rio emitiu um comunicado no último dia 1º de abril informando a mudança na presidência da Empresa Olímpica Municipal (EOM). Maria Sílvia Bastos Marques foi substituída pelo administrador Joaquim Monteiro. De acordo com a assessoria de imprensa da EOM, a saída foi um pedido da própria Maria Silvia. Ela ocupava o cargo desde agosto de 2011.

A EOM foi criada em 2011 como uma empresa pública de capital fechado, com duração até 2016. Vinculada diretamente ao Gabinete do Prefeito, a entidade pública tem como atribuição coordenar a execução das atividades e projetos municipais do Rio de Janeiro e servir como ponto de contato e integração entre a prefeitura e os governos estadual e federal nas ações relacionadas à realização dos Jogos Olímpicos no Rio em 2016.

A EOM é uma das responsáveis pela divulgação do Plano de Antecipação e Ampliação de Investimentos em Políticas Públicas. Esse documento, ainda não lançado, deverá listar os projetos de infraestrutura que, na definição do poder público, tiveram os recursos antecipados para sua realização antes dos Jogos Olímpicos. Muitas das obras que devem estar enumeradas no Plano faziam parte da proposta de candidatura do Rio de Janeiro para sediar a olimpíada encaminhada ao Comitê Olímpico Internacional.

Diferente do que foi feito com a Copa do Mundo, os governos federal, estadual e municipal decidiram não incluir todas as obras para o megaevento em um único documento. Para a Copa 2014 todas as ações ligadas a realização do Mundial foram reunidas em um documento chamado de Matriz de Responsabilidades, fossem elas reformas em aeroportos, estádios ou treinamento das forças de segurança.

A Matriz informava também para cada ação qual era a esfera do governo responsável pela execução da obra e qual a participação de cada uma no financiamento da ação.

Após alguma pressão por parte do Tribunal de Contas da União (TCU), os representantes da prefeitura, governo estadual e federal lançaram, no final de janeiro deste ano, a Matriz de Responsabilidade Olímpica.

Como na Matriz da Copa, o documento listava quem era o órgão responsável pela obra e qual a contribuição de cada um no financiamento. Porém, na versão das olimpíadas só foram incluídas obras ligadas diretamente a organização dos jogos, deixando de fora as ações que eram chamadas de legado, como a despoluição da Lagoa Rodrigues de Freitas ou a construção de uma linha de metrô ligando os vários polos em que serão disputados as competições.

Todas as ações do legado estariam no Plano de Antecipação e Ampliação de Investimentos em Políticas Públicas.

E, assim como aconteceu com a Matriz Olímpica, o Plano já está atrasado. A data de seu lançamento estava marcada para a segunda quinzena de março.

Confira a nota da prefeitura sobre a troca de comando na EOM na íntegra:

A Prefeitura do Rio informa que a executiva Maria Sílvia Bastos Marques vai deixar a presidência da Empresa Olimpica Municipal para retornar ao setor privado. Maria Sílvia continuará participando do projeto olímpico da cidade ao lado do prefeito Eduardo Paes, como conselheira especial, colaborando com o conhecimento adquirido em quase três anos no cargo.

A presidência da Empresa Olímpica Municipal será ocupada por Joaquim Monteiro, que desde 2010 integra o corpo da Prefeitura do Rio e atualmente ocupa o cargo de Chefe-Executivo do Imagem Rio, atuando diretamente na preparação da cidade para sediar os maiores eventos esportivos do mundo.

Joaquim Monteiro é formado em Administração de Empresas pela PUC-RIO, com especialização em Marketing Esportivo e Broadcasting pela Universidade de Nova York. Trabalhou nos Jogos Olímpicos de 2012, em Londres, na área de Logística& Operações da cidade. Atuou no grupo ABC de comunicação por três anos e foi sócio fundador da EMO4 (Entretenimento, Marketing e Operações) e é um dos fundadores do movimento Rio Eu Amo Eu Cuido, do qual faz parte do conselho consultivo como voluntário.

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