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Trabalhadores enceram paralisação no Maracanã. No Mineirão, greve entra no quinto dia

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Projeto de como deve ficar o Estádio do Mineirão após as obras. Imagem: Divulgação

Situação oposta nos dois maiores estádios públicos do Brasil. Enquanto os de 2,3 mil trabalhadores do Estádio do Maracanã, no Rio de Janeiro, enceraram, nesta segunda-feira (19/9), a greve que durava 19 dias, o protesto dos operários do Estádio do Mineirão entrou no quinto dia sem avanços na negociação.

Os trabalhadores cariocas voltaram ao trabalho cumprindo decisão judicial do Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ) que julgou a greve improcedente na última sexta-feira (16/9). Eles reivindicam do Consórcio Maracanã Rio 2014, responsável pelas obras, aumento do valor da cesta básica, de R$ 110 para R$ 160, plano de saúde individual, abono dos dias parados, segurança no trabalho e melhoria da qualidade da comida servida a eles. Uma parte dessas questões havia sido conseguida na primeira greve realizada no Maracanã, em agosto deste ano, mas, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Pesada Intermunicipal do Rio de Janeiro (Sitraicp), nem todos eles foram pagos.

O Consórcio Maracanã Rio 2014, formado pela Odebrecht Infraestrutura, Delta Construções e Andrade Gutierres, e o Sitraicp estão negociando o abono dos dias parados nesta última greve.

 

Presença da presidenta e o início da Greve
A greve no Mineirão foi decidida em assembléia na manhã da última quinta-feira (15/9), um dia antes da visita da presidenta Dilma Rousseff a Belo Horizonte para celebrar os “Mil dias” para a Copa do Mundo de 2014. Eles aproveitaram a presença de Dilma para conseguir mais destaque em sua reivindicação. Os operários pedem melhores condições de trabalho, equiparação do piso salarial com o aplicado em outros estados, aumento do valor da cesta básica de R$ 60 para 160, e extensão do plano de saúde aos familiares.

O governo de Minas Gerais declarou que as negociações serão conduzidas diretamente entre o Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Construção de Belo Horizonte e Região e o Consórcio Minas Arena, responsável pela reforma do Estádio do Mineirão e por sua administração por 27 anos. As negociações, de acordo com o sindicato, não avançaram até o momento.

Essa também é a segunda greve dos trabalhadores na reforma do estádio de Belo Horizonte, que quer sediar o jogo de abertura do campeonato mundial de futebol. A primeira manifestação foi motivada pela falta de condições básicas de trabalho. De acordo com denúncias do sindicato, faltavam inclusive banheiros e acesso a água potável para os trabalhadores.

O Consórcio Minas Arena é formado pelas empresas Construcap S.A. Indústria e Comércio, Egesa Engenharia S.A. e Hap Engenharia Ltda.

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